quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Desejo latejante

Eles dizem que tudo aquilo o que realmente desejamos, conseguimos. Podemos estar, então, ainda no caminho, consciente ou inconscientemente tomando as trilhas que nos guiam sempre um passo mais próximo ao destino almejado.
Eu devo ser assim também. Sempre que baixo minha gaurda ou vejo uma fotografia que liberta as lembranças, o sonho de explorar essas terras narradas por aventureiros sem público... olhar as fotografias de aridez dessa terra que abriga outros pernambucanos! É tão lindo. Eu desejo o sertão como quem procura o outro lado de si mesmo, como uma peça-chave para o seu próprio quebra-cabeça. Como se houvesse algo meu perdido ali, ou a consciência inabalável de que é preciso ir até lá encontrar certas respostas e experiências.
Imaginar um lugar só sol, só terra, de um azul intenso e infinito... Será a noite dali aquela noite salpicada de estrelas fluorescentes que tentei traçar num apagão quase uma década atrás? Quantas décadas ainda passarão até a confirmação dessa suspeita?
É preciso tanto para os inseguros, a começar pela confiança - em si mesmos. Daí surge uma enorme lista de pré-requisitos. Os inseguros procuram nos outros o apoio e a paixão que eles não conseguem materializar. E se decepcionam. Mas um dia será que eles se encontram? Chegar ao sertão é dar o primeiro passo da humanidade na Lua. É uma conquista pessoal que representa persistência e perseverança.
O sertão seria a entrada da américa latina. Porque para mim o significado de latino se deturpou e transformou de forma irrevogável diferindo completamente do aplicado àqueles de quem deriva. À deriva, é como estávamos. Encontrávamos nosso caminho e num segundo momento todos à nossa volta davam os braços para abafar essa brisa de progresso... Como gostaria de visitar e estudar o Paraguay!
Ahhh........... por enquanto sou só suspiros.

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